Segunda parte do Carmen Astrologicum - Dorotheus de Sídon
Atualizado: 13 de jul.
Neste post você encontra a transcrição dos capítulos 2, 3, 4, 5 e 6 da obra Carmen Astrologicum de Dorotheus de Sídon¹ abordando os seguintes assuntos:
"A exaltação dos planetas"
"Julgamento sobre o caso do nativo ou a sua dificuldade para a sua mãe"
"Julgamento a respeito da criação do nativo"
"Sobre a superioridade das casas astrológicas"
"O poder dos sete planetas".
¹Dorotheus de Sídon (Δωρόθεος Σιδώνιος) foi um astrólogo influente que viveu no final do século I d.C. tendo escrito um poema instrucional de cinco livros sobre astrologia em grego. Seu trabalho teve um enorme impacto nas tradições astrológicas helenísticas e medievais posteriores. Sua obra original não sobrevive mais em sua totalidade, embora tenhamos uma tradução inglesa de uma tradução árabe de uma tradução persa do poema grego original, bem como fragmentos dispersos de sua obra que foram preservados por astrólogos posteriores em grego e latim.
Sua obra é dividida em cinco livros e, portanto, às vezes é chamada de Pentateuco (literalmente, “cinco livros”). Os quatro primeiros tratam da astrologia natal e o quinto da astrologia catárquica. De um modo geral, os dois primeiros livros tratam de métodos tópicos para estudar diferentes áreas da vida do nativo, muitas vezes envolvendo o uso de regentes trígonos específicos e lotes. O terceiro livro se concentra na técnica da duração da vida, enquanto o quarto livro trata da técnica do senhor do tempo, conhecido como Profecções, bem como outros assuntos, como trânsitos e doenças. Seu quinto livro é o mais antigo e o mais longo trabalho sobre astrologia catárquica da tradição helenística.
Capítulo 2
A exaltação dos planetas.
A elevação do Sol, que é a sua exaltação, dá-se nos dezenove graus de Áries, da Lua nos três graus de Touro, de Saturno nos vinte e um graus de Libra, de Júpiter nos quinze graus de Câncer, de Marte nos vinte e outo graus de Capricórnio, de Vênus nos vinte e sete graus de Peixes e de Mercúrio nos quinze graus de Virgem. A queda de cada um deles é oposta à sua elevação.
Capítulo 3
Julgamento sobre o caso do nativo ou a sua dificuldade para a sua mãe.
Se uma mulher dá à luz, se o nativo for do sexo masculino e se encontra o Sol e a Lua e o ascendente em signos masculinos, então o nativo ao nascer foge daquilo que o assusta, e a mãe não é atingida por problemas nem pela desventura. Se o nativo é do sexo feminino e se encontrarem o Sol e a Lua em signos femininos e o ascendente também num signo feminino, acontece o mesmo; e assim, falar de como vai ser bom o seu parto. Mas, se for ao contrário do que digo, indica sofrimento e morte, especialmente se encontrares Saturno, que é difícil e lento, num ângulo que seja um signo feminino, porque é mais intenso o seu poder com respeito ao mal e à desventura do parto. Se encontrares Marte num ângulo e especialmente num signo feminino, dizer que a mulher dará à luz sem se dar conta do que está acontecendo, e dar à luz não será insuportável para ela porque Marte começa a cortar e, por vezes, a hora surge no banho, ou na estrada, ou algo assim. Verificar quais os signos que são retos no ascendente e quais são os oblíquos. Se encontrares a Lua naqueles que são oblíquos ascendendo e a Lua num ângulo aspectando-os, isso indica danos e desventura para a mulher. Do mesmo modo, se encontrares ambos os maléficos num ângulo e os dois luminares, que são o Sol e a Lua, não aspectarem o ascendente, iso é uma indicação de mal para a mulher.
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