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Classificação dos Signos Zodiacais Quanto à Voz na Astrologia Helenística



Zodíaco

Introdução


Classificação dos Signos Zodiacais Quanto à Voz na Astrologia Helenística. Na tradição da astrologia helenística (séculos II a.C. a II d.C.), os astrólogos classificavam os doze signos do zodíaco de diversas maneiras simbólicas. Os signos possuem diversos atributos além dos mais conhecidos, como o modo (se cardinal, fixo, mutável), sua facção (diurno ou noturno), temperamento, elemento, etc.. Uma dessas classificações pouco conhecida é quanto à capacidade de “voz” dos signos – isto é, se o signo era considerado “mudo”, “semivocal” (meia voz) ou “vocal” (com voz plena). Essa distinção aparece em textos de autores clássicos como Dorotheus de Sidon, Vettius Valens e, posteriormente, em compêndios derivados.


Em termos gerais, a classificação de voz dos signos baseava-se na iconografia e natureza dos seres associados a cada signo: signos representados por figuras humanas ou que falam seriam “de voz”, signos representados por animais silenciosos seriam “mudos”, e os demais animais que emitem sons não articulados seriam “semivocais” ou "de meia voz".


A seguir, apresento algumas referências originais a essa classificação nos textos helenísticos, os critérios usados e como os antigos relacionavam essas categorias com fala, expressão e saúde vocal nos nativos.

Categorias de Voz e Critérios de Classificação


Nos tratados helenísticos, os signos frequentemente eram classificados em três grupos quanto à voz:


Signos Mudos (ἄφωνα) – Aqueles “sem voz”, tipicamente associados a criaturas que não emitem som vocal. Incluem os signos de Água: Câncer, Escorpião e Peixes. Esses animais (caranguejo, escorpião e peixes) não produzem sons audíveis, por isso os signos eram ditos mudos. Dorotheus de Sídon, no Carmen Astrologicum, define explicitamente que: “os signos que não têm voz são Câncer, Escorpião e Peixes”.


Signos de Voz Plena (Vocais) – São os signos considerados falantes ou articulados, geralmente representados por figuras humanas capazes de fala. Tradicionalmente incluem Gêmeos, Virgem e muitas vezes Aquário. Gêmeos (os gêmeos) e Virgem (a donzela) são claramente figuras humanas e, portanto, “falam”. Aquário (o aguadeiro) é representado por um homem vertendo água, e alguns autores helenísticos o chamam de “antropomórfico”, porém, como veremos adiante, há certa ambiguidade nos textos sobre se Aquário seria pleno de voz ou não. Libra (a Balança) às vezes é incluída tardiamente entre os signos de voz por analogia ao elemento Ar, mas originalmente Libra é um objeto inanimado – portanto, silencioso por iconografia.


Signos Semivocais (Meia Voz) – O grupo intermediário, composto pelos signos representados por animais que emitem sons, porém sons não articulados como a fala humana. Nesta categoria estão os signos simbolizados por animais quadrúpedes ou criaturas sonoras: Áries, Touro, Leão, Sagitário e Capricórnio. Esses animais têm voz ou produzem ruídos, mas não fala; por isso eram considerados de “meia voz”. Valens, ao descrever Áries, classifica-o como “semivocal”. Touro igualmente é chamado de “semivocal” em algumas passagens. Sagitário, embora tenha metade humana, era frequentemente agrupado entre os signos bestiais devido à metade cavalo (o que o tornaria semivocal pela parte animal).


Essa distinção está enraizada na visão simbólica dos antigos: figuras humanas no zodíaco implicavam capacidade de fala articulada, enquanto animais somente podiam emitir sons ininteligíveis, e criaturas aquáticas ou inanimadas eram silenciosas.


Evidências nos Textos Helenísticos Clássicos

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